Automação de Tostadores com Medição do Nível de Farinha

 

AUTOMAÇÃO DE TOSTADORES COM MEDIÇÃO DO NÍVEL DE FARINHA



Pablo A. Batch
Gerente de Engenharia da ESCO ARGENTINA S.A.
pbatch@escoarg.com.ar

Uma das etapas mais importantes da produção de óleos de origem vegetal é realizada num dessolventizador, equipamento de dissolução fragmentada de gordura ou tostador (em inglês Desolventizing-Toasting ou DT).

O tostador é composto por uma série de pratos (geralmente entre 4 e 10 pratos) nos quais se deposita a farinha a ser tratada.

A farinha entra pela parte de superior do tostador e desce para os pratos inferiores através de uma válvula com tampa que regula a velocidade da queda. A precipitação da farinha é apoiada pelo movimento conjunto dos agitadores num eixo vertical que atravessa o tostador. Injetando vapor na contra-corrente (dos pratos inferiores para os superiores), o calor gerado elimina os resíduos de solvente ainda presentes na farinha, antes de seguir para as próximas  etapas do processo.

A farinha que chega ao prato inferior foi previamente tratada e segue para os processos seguintes.

Para obter do tostador uma automação eficiente é necessário medir o nível de farinha em cada prato e regular o fluxo de vapor e a passagem da farinha através das válvulas de tampa.


Controle de nível entre os pratos

Um dos pontos mais críticos do sistema de automação do tostador reside na medição do nível de farinha de cada prato.

Geralmente se utilizam apalpadores que “sentem” a altura da farinha e transmitem seu movimento mecanicamente a um sistema de medição, que retransmite o sinal de controle ou PLC. O principal problema destes sistemas é que compreendem muitas peças móveis e movimentos mecânicos sujeitos a falhas e desgastes.

A melhor maneira de efetuar esta medição é aferir o nível por meio de um transmissor eletrônico de posição como o TP290 da SMAR. A característica fundamental desta linha de transmissores de posição é que o “tatear” se realiza sem necessidade de haver um acoplamento mecânico entre o apalpador e o transmissor.

No Transmissor de Posição SMAR TP290 a posição do apalpador é medida sem contato, através de um ímã fixado ao eixo do apalpador e de um sensor de posição por efeito Hall integrado ao transmissor. Deste modo, elimina-se o vínculo mecânico direto entre as duas partes e se obtém um sistema de medição confiável e robusto. Além disso, por utilizar uma eletrônica totalmente digital, o TP290 oferece uma saída de 4-20mA programável, de alta precisão e característica de repetição.

As ilustrações mostram de forma esquemática a maneira de montar o transmissor TP290 em cada um dos pratos do tostador, onde se pode observar o ímã aplicado ao eixo do apalpador e o sensor de efeito Hall.

O sistema de vedação dos transmissores de posição TP290 da SMAR é à prova de explosão, o que lhe permite ser instalado em áreas de risco.

O Transmissor de Posição SMAR TP290 pode ainda incorporar o display alfa-numérico de quartzo líquido que mostra de modo constante a posição do apalpador.

A configuração do Transmissor de Posição SMAR é extremamente simples, já que exige apenas mover o apalpador para a posição correspondente a 0% (4mA) e em seguida 100% (20mA), indicando ao transmissor que reconheça estas posições como limites operacionais mediante o uso de uma ferramenta eletrônica.

A linha de Transmissor de Posição SMAR é composta dos seguintes modelos:

Aplicações instaladas

Algumas das empresas que estão utilizando o transmissor de posição na Argentina são:

  • Bunge: Planta Pto. San Martin, Planta San Jeronimo
  • Louis Dreyfus: Planta Gral Lagos, Planta Timbues
  • Germaiz: Planta Baradero
  • Arcor: Planta San Pedro
  • Cargill: Planta Pto. San Martin
  • Molinos Rio de la Plata: Planta San Lorenzo, Planta Santa Clara
  • Vicentin
  • Terminal 6: Planta Pto. San Martin
  • Nidera:  Planta Junin y Pto. San Martin

Autor

  • César Cassiolato