As transformações causadas no setor de alimentos, biocombustívieis e energia, a partir da evolução da cultura da cana-de-açúcar, nos impõem alguns questionamentos inevitáveis cujas respostas dirão quais os próximos passos, desenhando assim o futuro deste setor. É importante lembrar que a fase de amadorismo deste segmento e até o preconceito inerente ficou para trás, trazendo inúmeras vantagens, mas também um olhar mais atento da sociedade e consequentemente uma maior responsabilidade ao setor. Toda esta modernidade não modificou algumas coisas, por exemplo, ainda dependemos do ciclo de chuvas, das particularidades de solo, das variações de matéria-prima e de mercado. Ainda temos um processo de produção muito particular e sem similares em outros processos.
Sendo assim, como comparar, como afirmar que o que é bom para um processo, também é bom para outro? Analisando estes fatos em termos de automação industrial e resumindo as principais características que este processo necessita, o objetivo não é responder a pergunta: “Por que automatizar?” e sim, “Como automatizar?”. Precisamos na verdade de agilidade, flexibilidade, integração completa com diversos equipamentos de diferentes fabricantes, facilidade de manutenção, melhor relação custo/benefício e garantia de crescimento tecnológico.
Algumas empresas estão colocando no mercado que o SDCD (Sistema de Controle Distribuído) é a melhor solução em sistemas de automação e controle. Porém estes sistemas são baseados na arquitetura convencional de controle de processos e hoje existem várias plantas supervisionadas por SDCDs com hardware sem atualizações e com vida útil totalmente comprometida. Quem faz um investimento em um sistema de controle tem que pensar em algo que garanta seu ciclo de vida para os próximos 15 ou 20 anos. O baixo número de unidades instaladas e a complexidade dos SDCDs tornam difícil a contratação de mão de obra especializada em contraste com as tecnologias digitais abertas e disponíveis hoje nas escolas técnicas, que formam a nova geração de profissionais.
Por outro lado, o portfólio de aplicações oferecidas pelos fornecedores com um sistema digital híbrido aumentou bastante nos últimos anos, incluindo redes digitais abertas, áreas como gerenciamento de ativos, controle baseado em blocos funcionais (function blocks), otimização em tempo real, MES (Manufacturing Execution System), ferramentas de gerenciamento de performances em tempo real, gerenciamento de alarmes e muitas outras.
Entre as opções disponíveis no mercado destaca-se o SYSTEM302 da Smar, que é um sistema de automação aberto com possibilidade de diagnósticos, maior tolerância a falhas, blocos de funções, FFBs (Blocos Funcionais Flexíveis), conectividade OPC e com diversos protocolos. Uma série de outras características o tornam um sistema de controle completo e não um simples barramento de comunicação com integrações proprietárias. O SYSTEM302 utiliza tecnologias abertas que se integram perfeitamente ao hardware, possibilitando a conexão com software e hardware de outros fabricantes. Assim os usuários têm a liberdade para escolher os componentes e até mesmo construir o seu próprio sistema. É uma filosofia oposta aos fechados e rígidos SDCDs.
A instalação do SYSTEM302 nas principais plantas do setor deve-se às funções de controle de processo que permitem agregar informações que possam trazer benefícios nas tomadas de decisões, garantindo a excelência operacional, ou seja, otimizar e dinamizar os processos através da análise de dados em tempo real facilitando a tomada de decisão, de forma inteligente, estratégica e em todos os níveis da organização.
A flexibilidade e a capacidade de expansão da arquitetura de um sistema como o SYSTEM302 possibilitam reconfigurações e expansões para atender às novas condições de processo sem grandes investimentos. Tecnologias modernas possibilitam respostas rápidas às mudanças exigidas pelo mercado. Com um sistema híbrido como o SYSTEM302, atingir este nível de competitividade é muito simples: Ao usar a tecnologia digital os processos podem ser aprimorados e as operações da planta gerenciadas de maneira mais eficiente.
Através de uma tecnologia que combina o melhor do mundo dos SDCDs e dos PLCs/SCADA, o SYSTEM302 é a solução completa em sistema de automação e controle, pois possui o diferencial de utilizar tecnologias já consagradas em sua arquitetura e sem a necessidade de uso de um sistema totalmente proprietário, provendo a abertura e flexibilidade que as aplicações necessitam.
No mercado atual globalizado, a busca por uma vantagem tecnológica que permita ao seu usuário competir de uma maneira eficaz, mantendo-se de uma maneira sustentável, obtendo lucro e reinvestindo no seu negócio, a automação industrial passou a ser item primordial nesse processo. No ramo da indústria de Açúcar, Etanol e Bioenergia, a otimização de recursos faz-se imprescindível. As inovações no processo de produção em si são poucas, ficando para as áreas de controle de processo a responsabilidade na redução de custos. O entendimento dos processos de inovação na automação através dos sistemas digitais e de redes abertas, como o SYSTEM302, pode ajudar a nos situarmos no contexto atual, identificando as tecnologias que possam agregar valor à cadeia produtiva.
A utilização de sistemas como o SYSTEM302 e a instrumentação em rede possui muitas vantagens quando comparada com a instrumentação convencional usada em SDCDs, entre as quais podemos citar:
A mudança do controle de processo da tecnologia 4-20 mA para as redes digitais e de SDCDs/PLCs para sistemas inteligentes e abertos já se encontra num estágio avançado de maturidade tecnológica, com centenas de usuários colhendo seus benefícios. Essa mudança é encarada como um processo natural demandado pelos novos requisitos de qualidade, confiabilidade e segurança do mercado.
Autor: Marcus Vinicius Ribeiro
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