Na contramão do desenvolvimento de tecnologias abertas e interoperável dos equipamentos de instrumentação e sistemas de TI, estão os sistemas de controle, sendo em sua grande maioria fechados e proprietários. A manutenção e atualização destes sistemas são caras, além de serem desafiadoras quanto a inserir novas tecnologias, principalmente de terceiros. É devido a este cenário, e a partir de uma iniciativa de clientes finais, que surgiu o Open Process Automation™ Forum (OPAF). O Fórum é um grupo baseado em um consenso de usuários finais, fornecedores, integradores de sistemas, organizações de padrões e entidades acadêmicas, que aborda questões técnicas e comerciais para automação de processos.
Modelo CapEx Típico de Hoje | Modelo CapEx do OPAF |
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O OPAF visa definir padrões para uma arquitetura de automação de processos aberta, interoperável e segura. Os padrões definidos pelo OPAF permitem o desenvolvimento de produtos que independentemente do fabricante são integrados facilmente por meio de uma arquitetura modular caracterizada por interfaces com padrão aberto. O OPAF não visa a criação de um novo padrão, a prioridade é selecionar padrões a partir das tecnologias industriais existentes. O trabalho de padronização foi desenvolvido considerando o impacto de 23 atributos-chaves de qualidade:
Capacidade de prover produtos e serviços com custo baixo para atualizações e ampliações
Capacidade de diferentes sistemas, dispositivos, softwares ou componentes eletrônicos funcionarem juntos de forma eficaz e sem conflitos.
Capacidade de executar suas tarefas sob condições estabelecidas. A capacidade de um sistema ou componente de executar suas funções necessárias sob condições estabelecidas por um período de tempo especificado.
Capacidade de um um sistema ou produto ser ajustado e personalizado de acordo com as necessidades e preferências do usuário.
Garantir que os produtos, sistemas, práticas e processos atendam a requisitos específicos de segurança, privacidade, acessibilidade, interoperabilidade e outras normas estabelecidas.
Capacidade de identificar ou detectar a presença de determinados eventos, condições, ameaças, problemas ou características em um sistema, aplicativo, rede ou ambiente tecnológico.
Capacidade de um sistema, serviço, aplicativo ou recurso estar acessível e operacional para uso quando necessário, sem interrupções ou falhas significativas.
Capacidade de um sistema, aplicativo, serviço ou infraestrutura de crescer e se adaptar para atender a demandas crescentes ou maiores cargas de trabalho sem uma degradação significativa no desempenho ou na qualidade do serviço.
Habilidade de uma solução tecnológica se manter relevante e funcional ao incorporar novos recursos, acomodar mudanças nas demandas dos usuários, adotar novas tecnologias ou se ajustar a novos requisitos sem a necessidade de redesenho completo ou substituição.
Capacidade de um sistema, software, dispositivo ou solução tecnológica se adaptar e responder de maneira eficaz a uma variedade de cenários, requisitos e mudanças nas condições de uso.
Capacidade de administrar, controlar e supervisionar eficientemente sistemas, redes, aplicativos, recursos ou ativos tecnológicos. A gerenciabilidade é uma característica crítica que visa simplificar as operações, melhorar a eficiência e facilitar a manutenção de ambientes complexos.
Capacidade de um componente ser substituído por um componente equivalente de outro fornecedor sem modificação. Isso requer que as interfaces entre os componentes sejam claramente definidas.
A capacidade de dois ou mais sistemas ou componentes trocarem informações e usarem as informações que foram trocadas. Isso requer que o fluxo de informações em uma interface seja fornecido como uma parte crítica da definição da interface.
Capacidade de um sistema, software, dispositivo ou solução ser facilmente mantido, atualizado e reparado ao longo do tempo. Uma solução com boa mantenabilidade é projetada de forma a permitir modificações, correções e melhorias de maneira eficiente, minimizando o tempo e os recursos necessários para realizar essas tarefas.
O grau em que um sistema ou programa de computador é composto de componentes discretos, de modo que uma alteração em um componente tenha impacto mínimo em outros componentes.
A facilidade com que um sistema ou componente pode ser transferido de um ambiente de hardware ou software para outro.
A capacidade de proteger contra acesso não autorizado. A capacidade de um sistema ou componente de ser protegido contra acesso não autorizado ou modificação durante todo o seu ciclo de vida.
Habilidade de rastrear e documentar o histórico de mudanças, eventos, atividades ou transações em sistemas, software, bancos de dados ou qualquer outra infraestrutura tecnológica.
Capacidade de um sistema, aplicativo, infraestrutura ou rede continuar funcionando de maneira eficaz e confiável, mesmo diante de falhas, interrupções, ameaças ou adversidades.
Capacidade de reutilizar componentes, código, módulos, ou outros elementos de software ou hardware em diferentes contextos ou projetos sem a necessidade de recriá-los do zero.
A expectativa de não causar danos materiais, humanos ou ambientais. A expectativa de que um sistema ou componente não leve, sob condições definidas, a um estado em que a vida humana, a saúde, a propriedade ou o meio ambiente estejam em perigo. Fonte: ISO/IEC/IEEE 24765:2010(E)
Capacidade de um sistema, software, aplicativo ou dispositivo ser facilmente testado de maneira sistemática e eficaz. Isso implica na habilidade de identificar, isolar e corrigir problemas ou falhas no funcionamento da tecnologia por meio de testes, verificações e validações.
Qualidade de um sistema, software, aplicativo, dispositivo ou interface de usuário que o torna fácil de usar, eficiente e acessível para seus usuários finais.
Este grupo de padrões definidos pelo OPAF recebe o nome de O-PAS, Open Process Automation™ Standard, conhecido como o Padrão dos Padrões.
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